sexta-feira, 20 de março de 2015

Deus é o Direito Civil e a Psicologia

Jesus é o Pródigo
Jesus continuou: "Um homem tinha dois filhos. O mais novo disse ao seu pai: 'Pai, quero a minha parte da herança'. Assim, ele repartiu sua propriedade entre eles. "Não muito tempo depois, o filho mais novo reuniu tudo o que tinha e foi para uma região distante; e lá desperdiçou os seus bens vivendo irresponsavelmente. Depois de ter gasto tudo, houve uma grande fome em toda aquela região, e ele começou a passar necessidade. Por isso foi empregar-se com um dos cidadãos daquela região, que o mandou para o seu campo a fim de cuidar de porcos. Ele desejava encher o estômago com as vagens de alfarrobeira que os porcos comiam, mas ninguém lhe dava nada. "Caindo em si, ele disse: 'Quantos empregados de meu pai têm comida de sobra, e eu aqui, morrendo de fome! Eu me porei a caminho e voltarei para meu pai e lhe direi: Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho; trata-me como um dos teus empregados'. A seguir, levantou-se e foi para seu pai.
"Estando ainda longe, seu pai o viu e, cheio de compaixão, correu para seu filho, e o abraçou e beijou. "O filho lhe disse: 'Pai, pequei contra o céu e contra ti. Não sou mais digno de ser chamado teu filho'. 
Lucas 15:11-21


É comum interpretar esta passagem se trata, dentre outras coisas, como  retorno do filho aos braços do pai. Se pegarmos o significado da palavra pródigo percebemos que ela não esta ligada a “retorno” e sim com o comportamento do filho. Segundo consta o dicionário on line prodigo significa: pessoa que esbanja suas propriedades; que gasta mais do que possui ou ganha; Tipo de peça colocada para dar maior firmeza ou                              resistência ao pavimento e/ou costado nos navios. 
Filho pródigo. Aquele que, à imitação da parábola do Evangelho, volta à casa dos pai. O Aurelio ainda diz que se trata de pessoa generosa e liberal.
Para o direito civil -   É aquele que dilapida seus bens de forma compulsiva. É a pessoa que gasta imoderadamente seu dinheiro e seus bens, comprometendo o seu patrimônio. Por esse motivo, os pródigos são considerados relativamente incapazes e, portanto, podem ser interditados judicialmente. De acordo com o artigo 1.782, do Código Civil, "a interdição do pródigo só o privará de, sem curador, emprestar, transigir, dar quitação, alienar, hipotecar, demandar ou ser demandado, e praticar, em geral, os atos que não sejam de mera administração".

Para a psicologia – Pródigo/perdulário. É o Transtorno de Personalidade (Personalidade Psicopática) onde o indivíduo não sabe gerir seus bens, não tendo noção do valor do dinheiro. Em geral estas pessoas estão rodeadas de maus amigos que lhe consomem todos os seus bens. O pródigo acaba sempre na miséria. Se o caso for para a Justiça, este psicopata será interditado total e definitivamente, tendo alguém como tutor ou a curatela do Estado. Já houve casos em que os "bons amigos" tiveram, por ordem judicial, de ressarcir todo o dinheiro extirpado do pródigo.

Jesus sempre foi sensível ao que acontecia ao seu redor, estava atento a tudo e não deixava passar nada, antes de começar a falar a parábola do filho prodigo, discorria sobre perder algo e reencontrar, pois bem ele sabia que o povo carecia de um encontro com Deus, mas eram relativamente incapazes disso devido os costumes e tradições da época, por isso, queria devolver-lhes a autonomia que era de direito propondo um resgate a autoestima, a fé e esperança fundamentada na pedagogia do amor.

Tanto a sociedade de Jesus quanto a nossa existe as enfermidades espirituais, físicas e psíquica, é portanto, fácil condenarmos, decretarmos uma situação de cara sem antes procurar investigar as causas de tais atos como por exemplo as pessoas que ostentam seus bens, as que gastam compulsivamente, exageradamente generosas que por sua vez são abusadas moralmente falando por pessoas que querem tirar vantagem em tudo. Ora nem tudo é doença ou transtorno porque há pessoas mal caráter. 

Jesus tem uma proposta a do perdão, mas é preciso que reconhecer todas nossas misérias e buscar tratamento e mudança profunda de comportamento.
Se nós reconhecemos relativamente incapazes buscamos auxilio de nosso curador especial que é Cristo exercemos o que é de direito dado por ele na cruz e  tenha a certeza que nossos bens nossa vida está melhor administrada do que confiar na força humana. É preciso querer que o evangelho entre em nosso coração, nossa alma  e deixar-se dominar por ele.